Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado um alarmante aumento nos casos de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e pela influenza A. Essa situação gerou grande preocupação entre as autoridades de saúde pública devido à incidência crescente de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em todo o país. A combinação desses fatores não só afeta a saúde da população, especialmente crianças e idosos, como também coloca pressão sobre os sistemas de saúde em diversas regiões.
A análise dos dados, divulgados por institutos respeitáveis como o Instituto Todos pela Saúde e o boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz, revela a gravidade da situação. O Sudeste, o estado de Goiás e o Distrito Federal são algumas das áreas mais afetadas pelo aumento no número de casos de VSR, enquanto a influenza A tem se espalhado por todas as faixas etárias, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país.
Aumento de VSR, influenza A e SRAG no Brasil
O quadro atual é preocupante: tanto o VSR quanto o rinovírus estão impulsionando uma alta incidência de casos de SRAG, predominantemente entre crianças pequenas. Essas infecções respiratórias são particularmente graves, apresentando um risco aumentado para a saúde das crianças e exigindo atenção adequada por parte dos responsáveis e profissionais da saúde.
O clima frio que se instalou em diversas regiões tem contribuído para o aumento da transmissão, uma vez que os ambientes fechados e mal ventilados favorecem a propagação dos vírus. Assim, o problema se agrava com o aumento das interações sociais, especialmente em lugares onde as medidas de proteção não são totalmente seguidas, como o uso de máscaras e a higienização das mãos.
É fundamental ressaltar que a vacinação desempenha um papel crucial na mitigação do impacto desses vírus. Embora a vacina contra a influenza A não previna completamente a infecção, ela é eficaz na redução do risco de desenvolvimento de formas severas da doença, internações e, em última instância, mortes.
Vacina contra influenza
A vacina contra a influenza A é produzida com vírus inativados, o que significa que não causa a doença. No entanto, pode apresentar algumas reações leves em até 48 horas após a aplicação, como dor no local da vacina ou febre. A adesão à vacina é especialmente importante devido à mutação constante do vírus, que exige reaplicação anual.
A campanha nacional de vacinação de 2025, iniciada em 7 de abril, tem como público-alvo grupos prioritários, incluindo crianças de 6 meses a 6 anos, gestantes e puérperas, idosos a partir de 60 anos, povos indígenas e quilombolas, além de pessoas em situação de rua. Esse enfoque é fundamental para garantir que os indivíduos mais vulneráveis estejam protegidos contra os efeitos adversos da influenza.
Vacinas e Anticorpos contra VSR
A prevenção contra o VSR é igualmente crítica. O SUS oferece o medicamento Palivizumabe, fornecido pela AstraZeneca, para bebês de alto risco, como aqueles prematuros e com condições pré-existentes, como displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita. Para o segundo semestre de 2025, novas vacinas estão previstas no sistema público de saúde.
Além disso, no setor privado, opções como Arexvy (GSK) e Abrysvo (Pfizer) estão disponíveis. Enquanto Arexvy é direcionada aos idosos, Abrysvo pode ser administrada a adultos com comorbidades e gestantes, oferecendo a proteção através de anticorpos maternos aos bebês.
Surto de vírus no Brasil! Casos de VSR e Influenza A disparam e preocupam autoridades
À medida que o surto de VSR e influenza A avança pelas várias regiões do Brasil, as autoridades sanitárias redobram esforços para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e vacinação. O alerta é especialmente válido para famílias com crianças pequenas e idosos, que estão em maior risco de complicações severas.
A situação exige uma colaboração ativa entre governo, profissionais da saúde e a população. A prevenção deve ser uma prioridade, e isso inclui não apenas a vacinação, mas também práticas de higiene e evitar locais lotados. Medidas como o uso de máscaras em ambientes fechados e a manutenção do distanciamento social são essenciais para controlar a disseminação dos vírus.
Perguntas Frequentes
Por que o VSR e a influenza A estão aumentando no Brasil?
O aumento nas infecções pode ser atribuído ao clima mais frio, que favorece o fechamento de ambientes e maior interação social, além da baixa adesão à vacinação em algumas áreas.
Qual é a principal faixa etária afetada pelo VSR?
Crianças e adolescentes de até 14 anos são os mais impactados pelo VSR, enquanto a influenza A tem afetado todas as idades.
Como a vacinação pode ajudar a combater a influenza A?
A vacina contra a influenza A diminui o risco de formas graves e hospitalizações, mesmo que não previna totalmente a infecção.
O que fazer se uma pessoa infectada apresentar sintomas graves?
É vital buscar orientação médica imediatamente se sinais de gravidade, como dificuldade para respirar ou desidratação, forem observados.
Quais são as reações comuns após a vacinação contra a influenza?
Reações leves podem incluir dor no local da aplicação ou febre, mas são temporárias e geralmente desaparecem em 48 horas.
Quando começa a ser efetiva a vacina contra influenza?
A defesa imunológica começa a ser construída aproximadamente duas semanas após a vacinação, tornando-a crucial nos meses seguintes.
Conclusão
O cenário atual em relação ao aumento de casos de VSR e influenza A no Brasil é um chamado à ação. A conscientização sobre a importância da vacinação e adoção de medidas de higiene não pode ser subestimada. Cada pessoa tem um papel a desempenhar na contenção dessas infecções e na proteção dos mais vulneráveis.
É essencial que todos se empenhem não apenas em cuidar de sua própria saúde, mas também em proteger aqueles ao seu redor. O enfrentamento coletivo dessa crise requer união, informação e ação proativa. A esperança está na prevenção e na solidariedade, e juntos podemos superar os desafios apresentadas por esse surto.

Jornalista formada pela UNIP (2009) e formada em Rádio e TV pelo Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE (2007)