A língua portuguesa, rica em nuances e peculiaridades, é um dos maiores patrimônios culturais do Brasil. Entretanto, mesmo entre falantes nativos, é comum escorregar em algumas palavras. Errar é humano, mas compreender e corrigir esses deslizes é um passo importante na jornada do aprendizado. A seguir, exploraremos 10 palavras da língua portuguesa que você fala errado, destacando não apenas as casualidades linguísticas que ocorrem no dia a dia, mas também a importância de utilizá-las corretamente.
Palavras que costumamos pronunciar incorretamente
O primeiro passo para enriquecer nosso vocabulário e melhorar nossa comunicação é reconhecer as palavras que frequentemente pronunciamos de forma errada. Veja abaixo algumas delas e entenda como pronunciá-las corretamente.
Palavra número um: “mas” e “mais”
Uma das confusões mais comuns envolve o uso de “mas” e “mais”. O “mas” é uma conjunção que indica contraste. Por exemplo: “Quero ir ao parque, mas está chovendo.” Já “mais” é um advérbio que indica quantidade ou intensidade: “Quero mais sorvete.” Errar na utilização dessas palavras pode alterar completamente o sentido da frase.
Palavra número dois: “a” e “há”
Outro par comum é o de “a” e “há”. O “a” é uma preposição que indica lugar ou direção, enquanto “há” é do verbo haver, que indica tempo ou existência. Um exemplo claro: “Vou a casa do meu amigo” está errado. O correto seria “Vou à casa do meu amigo”, pois estamos nos referindo ao lugar.
Palavra número três: “senão” e “se não”
A palavra “senão” refere-se a uma ideia de “caso contrário”. Por exemplo: “Estude, senão você não passará.” Por outro lado, “se não” é uma locução condicional que pode ser substituída por “caso não”. Por exemplo: “Se não chover, sairemos.” A confusão entre os dois pode levar a uma comunicação pouco clara.
Palavra número quatro: “pra” e “para”
Embora “pra” seja uma forma coloquial aceita no dia a dia, “para” é a forma correta em contextos formais. Por exemplo, ao redigir um texto acadêmico, é mais apropriado usar “para” em vez de “pra”. A escolha da palavra certa pode demonstrar cuidado e atenção à linguagem.
Palavra número cinco: “de” e “d’”
A fusão entre a preposição “de” e o artigo “a” gera os erros que envolvem o uso da crase. Por exemplo: “Vou à festa” é correto, mas “Vou a festa” está incorreto. A crase deve ser utilizada quando há a contração da preposição “a” com o artigo “a”.
Palavra número seis: “apenas” e “somente”
Muitas pessoas tendem a usar “apenas” e “somente” como sinônimos, mas há sutilezas. “Apenas” pode transmitir um sentido de limitação, enquanto “somente” sugere exclusividade. Por exemplo: “Ele comeu apenas um pedaço” e “Ele comeu somente um pedaço.” Ambas as frases têm significados ligeiramente diferentes.
Palavra número sete: “certo” e “certa”
No uso informal, é bastante comum escutarmos a expressão “tá certo”, mas a forma mais correta de se referir à concordância com um sujeito feminino seria “tá certa”. Embora o uso coloquial seja flexível, reconhecer essas diferenças é fundamental para uma comunicação mais apurada.
Palavra número oito: “dentre” e “entre”
“Dentre” é uma preposição que indica seleção dentro de um grupo. Exemplo: “Dentre os livros, escolha o seu favorito.” Já “entre” é mais abrangente, indicando a posição entre dois ou mais elementos. Assim, a frase “Entre os alunos, quem é o mais divertido?” está correta.
Palavra número nove: “acreditar” e “cadar”
Embora “acreditar” seja bastante utilizado, muitos falantes erroneamente substituem-no por “cadar”. A palavra correta deve sempre ser utilizada em contextos formais e informais da mesma maneira. Por exemplo: “Eu acredito que ele tem razão.”
Palavra número dez: “por que”, “porque”, “porquê” e “por que”
Esse conjunto é, sem dúvida, uma bomba relógio na língua portuguesa, pois cada forma tem um uso distinto. “Por que” é usado em perguntas, “porque” é uma conjunção explicativa, “porquê” é um substantivo e “por que” quando se refere ao motivo. Por exemplo:
- “Por que você não veio?” (pergunta)
- “Não vim porque estava doente.” (explicação)
- “O porquê de sua ausência foi notado.” (substantivo)
Compreender essas nuances ajuda a evitar confusões comuns e constrangimentos.
A importância de dominar a língua portuguesa
Compreender e dominar as regras da língua portuguesa não apenas melhora nossa comunicação, mas também nos ajuda a evitar situações constrangedoras. Palavras utilizadas de forma incorreta podem criar mal-entendidos, principalmente em contextos profissionais.
Um bom uso da língua reflete diretamente na imagem que projetamos para os outros. Estudar as regras gramaticais e enriquecer nosso vocabulário é uma forma de demonstrar respeito pelo nosso idioma e pelas pessoas com quem interagimos.
Caso você tenha interesse em melhorar sua gramática, considere consultar livros acadêmicos, cursos online e plataformas respeitáveis sobre a língua. Investir no conhecimento é sempre uma escolha positiva!
Perguntas frequentes
Como posso melhorar minha gramática?
Um bom ponto de partida é ler mais, além de praticar escrita e conversar com quem possui maturidade no uso da língua.
Por que é importante falar corretamente?
Falar corretamente impacta positivamente a forma como somos percebidos, tanto socialmente quanto em ambientes profissionais.
É certo usar “tá” em mensagens informais?
Sim, em contextos informais “tá” é aceito, mas evite em textos formais.
Posso usar “pra” em vezes informais?
Sim, “pra” é comumente utilizado em conversas informais, mas “para” é mais adequado em textos formais.
Qual é a diferença entre “por que” e “porque”?
“Por que” é utilizado em perguntas, enquanto “porque” é uma conjunção causal.
Como saber quando usar a crase?
A crase é usada quando há a fusão da preposição “a” com o artigo “a”, geralmente antes de palavras femininas.
Conclusão
A língua portuguesa, com toda a sua riqueza e complexidade, certamente pode ser desafiadora. No entanto, o empenho em aprender e aprimorar o uso correto das palavras é fundamental para uma comunicação eficaz. Ao conhecer e corrigir as palavras que frequentemente falamos errado, damos um passo importante em direção ao domínio do nosso idioma. Lembre-se: o aprendizado é uma jornada contínua e cada passo dado traz consigo o poder de transformar nossa forma de nos comunicar.

Jornalista formada pela UNIP (2009) e formada em Rádio e TV pelo Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE (2007)